Coluna Palavra de Fé: Aparência

“…Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé.” Marcos 9.24

Há uma aparente contradição. É possível crer e ter falta de fé? O pai do menino possesso afirma que crê, mas pede a Jesus ajuda em sua falta de fé. Parece-nos que confundimos fé com algumas coisas. Fé não é apenas conhecimento teológico. Os discípulos discutiam com os escribas (Mc. 9.14), mas lhes faltou poder. Fé não é solução humana. “Roguei a teus discípulos que o expelissem, e eles não puderam.” (Mc. 9.18). As soluções humanas são incapazes de suprir nosso anseio de fé. 

Fé não convive com condicionantes. “Se tu podes alguma coisa” disse o pai do menino para Jesus (Mc 6.22). Quando se trata de Jesus não estamos diante de limitações ou ressalvas. Tudo o que Jesus quer, Ele pode. Não existe “se” para Jesus. A conjunção subordinativa condicional não é aplicável ao Verbo que se fez carne.

Fé não é aparência. “Como se estivesse morto” é o que dizem do menino (Mc. 6.26). A ação poderosa de Jesus foi de potência tal que pareceu que o filho estava morto. Mas, apenas pareceu. Fé não tem a ver com aparência. Não se preocupe com aquilo que aparenta acontecer. A fé é tão sólida quanto uma rocha. Pois bem. Aquele pai crê, mas sua fé podia ser aprimorada. Jesus, antes de operar o milagre, diz ao homem algo que até hoje ecoa em cada coração: “Se podes! Tudo é possível ao que crê” (Mc. 6.23).