Anúncio

Dia Mundial da Água: saber usar para não faltar

Por Livia Rangel

Publicado em 22 de março de 2015 às 16:23

Anúncio

blue_water_texture

Especialistas reforçam a importância da proteção e preservação do recurso, que fez falta neste começo de ano

A data 22 de março é mundialmente conhecida como o Dia da Água, comemoração criada pela Organização das Nações Unidas – ONU para fomentar a discussão de temas acerca desse bem natural. Afinal, apenas 0,008% de toda a água existente no planeta é própria para consumo, fator que torna necessário conscientização continua sobre esse recurso finito que é cada dia mais escasso.

Utilizada em vários tipos de atividades e transformada por meio da intervenção humana, a água tem sofrido com constantes processos de poluição e desperdício. O consumo sustentável recebe reforço absoluto nesse momento e campanhas incitando o reuso de água, bem como a diminuição do tempo do banho nunca foram tão persistentes.

Segundo informações concedidas pelo Sistema Nacional de Informações do Saneamento (SNIS), o consumo diário de água por pessoa no Brasil atualmente é de 150 litros. Para o professor da Unopar, Diego Vila Guimarães esse é um valor alto, se comparado à necessidade hídrica por habitante que, de acordo com a OMS, é de 100 litros. “Estimativas calculam que 65 a 75% da água consumida pela população brasileira é utilizada nos banheiros”, afirma o docente.

Outro fator que aumenta o consumo diário por habitante são as perdas no processo de tratamento e distribuição da água. As perdas são tanto os vazamentos e extravasões nas redes de distribuição e nos reservatórios, quanto os vazamentos em ligações até os hidrômetros, ou seja, é o índice de água que se perde durante o processo de produção e distribuição de água até o consumidor final. “O índice de perdas do Brasil hoje, segundo o SNIS, é em média de 40%. Assim, a cada 100 litros de água produzida, perdem-se 40 litros no processo de distribuição ou armazenamento da água, sendo essa fatia, considerada de responsabilidade do prestador do serviço”, completa Diego.

Por isso, o consumidor final, bem como as companhias de tratamento, tem a responsabilidade de utilizar e fornecer, respectivamente, a água de forma consciente. No que diz respeito à postura dos consumidores atitudes como fechar bem as torneiras, verificar possíveis vazamentos, regular a válvula de descarga, abolir os banhos demorados, assim como a lavagem de carros e calçadas com mangueiras devem se tornar rotina.

[box style=”0″] Conheça a Declaração Universal dos Direitos da Água

A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão, é plenamente responsável aos olhos de todos.

A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo vegetal, animal ou ser humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura.

Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como a obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

A utilização da água implica em respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra. [/box]

 

É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização do FolhaOnline.es.

Tags:

Anúncio

Anúncio

Veja também

WhatsApp-Image-2024-05-06-at-08.17.55

Após seis anos, coletivo LGBT+ se torna associação para promover inclusão em Guarapari

Ideia é contar com mais recursos e parcerias para realização de projetos

WhatsApp-Image-2024-05-05-at-19.50.59-1

Nadador de Guarapari fatura medalhas de prata e bronze no Open Internacional Paralímpico

Vitória foi a primeira internacional de Breno Braga como atleta de alto rendimento

Anúncio

Anúncio

banhistas-aproveitam-o-dia-sol-na-praia-do-morro-em-guarapari-159319

Pesquisas apontam crescimento do turismo na economia capixaba

Boletim Economia do Turismo e Perfil do Turista têm ajudado o governo a traçar planos para o desenvolvimento do setor

esquina_da_cultura-arquivo-2018

Guarapari receberá mais de R$ 800 mil para investir em cultura através da Lei Aldir Blanc

Município deverá aplicar o valor no setor por meio de editais para artistas e produtores

Anúncio

Woman hands praying for blessing from god on sunset background

Coluna Palavra de Fé: Prato novo e Sal

“Ele disse: Trazei-me um prato novo e ponde nele sal. E lho trouxeram.”
2 Reis 2.20

lights-night-city

Coluna Dom Antônio: Bikes, motos e carros furando o sinal vermelho – isso não vai terminar bem!

Anúncio