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Casos de alergia ocular aumentam no inverno
Por Livia Rangel
Publicado em 27 de julho de 2012 às 00:00
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Durante o inverno o atendimento a pacientes com crises alérgicas respiratórias nos consultórios médicos aumentam em larga escala, mas o que pouca gente sabe é que este período também propicia o aumento de casos de alergias oculares.
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) 57 milhões de brasileiros sofrem de alergia ocular. Desse total, 6 em cada 10, segundo estudo multicêntrico internacional, ISAAC (Internacional Study of Athama and Allergies in Childhood), manifestam.
Diante do número significativo de indivíduos que sofrem com o problema, a alergia ocular e outras doenças que acometem os olhos serão temáticas de discussões entre renomados médicos do cenário nacional durante o IV Simpósio de Inverno da Sociedade Capixaba de Oftalmologia, que será realizado de 03 a 05 de agosto, em Pedra Azul, Domingos Martins.
A oftalmologista Dra. Hedwiges Soares, membro da Sociedade Capixaba de Oftalmologia, explica que a alergia ocular ocorre quando o olho entra em contato com substâncias que lhe causam alergia, denominada alérgenos, que podem ser ácaros, poeira, pelos, pólen, cheiros etc. “Quando isso ocorre, os olhos podem ficar vermelhos, inchados, sensíveis a luz, com lacrimejamento e apresentar secreção aquosa. A coceira é o sintoma mais frequente”, descreve a oftalmologista.
A alergia ocular acomete principalmente pessoas que sofrem com outras crises alérgicas como asma, rinite ou dermatite, mas devido às condições sazonais trazidas pelo inverno os casos podem ocorrer isoladamente.
A médica conta que no ultimo mês um numero maior de pacientes com alergia ocular foram diagnosticados em seu consultório. “O tempo seco, comum ao inverno, aumenta a concentração de poluentes no ar. Assim como ocorre com crises de sinusites, asmas ou rinites, a poluição é um agravante para as alergias oculares. A redução da umidade do ar, também, reduz a lubrificação dos olhos, pois ocorre a evaporação da camada aquosa da lágrima, o que causa olho seco, inflamação nas bordas das pálpebras ou de glândulas responsáveis pela produção da camada oleosa do filme lacrimal”, explica.
Segundo a especialista, assim como toda crise alérgica, a alergia ocular não tem cura, a solução é seguir tratamentos para prevenir ou aliviar os sintomas, com colírios antialérgicos e lubrificantes. Ela destaca que a importância de se ter em mente que o colírio é um medicamento e o uso inadequado pode trazer consequências sérias, como catarata e glaucoma. Alguns colírios vaso-constrictores reduzem as queixas, mas podem apresentar efeito rebote intenso, ou seja, quando passa o efeito os sintomas e sinais voltam mais intensos, além de criar uma dependência.
“É importante destacar que é feito tratamento coadjuvante com o médico alergista. Lembramos que nem todo olho vermelho é alergia ocular, somente seu oftalmologista é o mais indicado a diagnosticar”, ressalta.
O que fazer quando surgem os sintomas de alergia ocular
• Lavar os olhos com soro fisiológico
• Abandonar-se rapidamente o local onde apareceram os sintomas.
• Não esfregar os olhos
• Procurar um Oftalmologista para iniciar o tratamento médico
• Aplicar compressas frias sobre os olhos fechados
Como evitar a alergia ocular
• Manter o filtro do ar condicionado sempre limpo.
• Evitar objetos que acumulem poeira como: cortina, carpete, tapete, bicho de pelúcia, etc.
• Lavar roupas guardadas há muito tempo antes de usá-las.
• Forrar travesseiro e colchões com capas impermeáveis. Evitando edredons de lã, mantas, cobertores felpudos e lençóis de flanela
• Durante os passeios ao ar livre, proteger sempre os olhos com óculos escuros.
• Evitar o uso de lentes de contacto
• Restringir o uso de cosméticos e produtos de maquiagem.
• Evitar manusear objetos com muito pó, como documentos antigos, livros, etc.
• Sempre que possível expor a roupa de cama ao sol e lavar com água quente.
• Se possível, evitar em casa animais domésticos de estimação que soltem pelos.
• Evitar plantas com flores dentro de casa.
• Manter os ambientes arejados e com boa exposição ao sol para evitar formação de bolor.
• Evitar o uso de vassoura ou espanador. Prefira pano úmido para retirar a poeira.
• Evitar almofadas nos sofás, utilizando sempre capas de plástico.
• Evite esfregar ou coçar os olhos.
Fonte: Mile4 Assessoria de Comunicação
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