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Gaeta comemora o Dia da Moqueca com Cacau Monjardim

Por Glenda Machado

Publicado em 30 de setembro de 2016 às 17:43

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Dalila, Luzia Toledo, Nhozinho, Cacau Monjardim, Léo, Leonardo e Idalina

Nahora dos parabéns nada de bolo, mas sim uma deliciosa moqueca. E de badejo, conforme o gosto do homenageado do dia: o jornalista e escritor Cacau Monjardim. O autor da famosa frase: “moqueca só capixaba, o resto é peixada”. Hoje ele completa 90 anos e foi justamente a data do seu aniversário que se tornou o “Dia da Moqueca”. A comemoração foi em grande estilo na tarde desta sexta no Restaurante Gaeta em Meaípe.

“Eu não imaginava que a frase ganharia essa repercussão toda. Foi um momento de inspiração e nasceu fruto da convivência com o pessoal da Bahia. Na época, fazia palestras lá e quando eu comia aquela peixada me sentia mal porque é muito carregada, muita apimentada, com azeite de dendê. E aqui nós temos a moqueca que podemos comer de manhã, de tarde, de noite, de madrugada, que no outro dia estamos inteiros, prontos para trabalhar”, conta Cacau.

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Sem perder tempo, ele enviou um cartaz de brincadeira para os amigos com a típica frase e ainda os convidou para vir experimentar a verdadeira moqueca. “Eles vieram, experimentaram e concordaram comigo. Então ficaram com a peixada deles e a gente com a nossa moqueca. Jamais imaginaria que a frase ganharia outros países, ela ganhou o mundo”.

Para Cacau, moqueca tem que ser de badejo. “O melhor peixe inegavelmente em sua excelência. Mas lógico que varia de acordo com o gosto de cada um”. E ressalta que os ingredientes que não podem faltar na moqueca capixaba são coentro e urucum. “É o nosso segredo, é o que dá cor e tonalidade. São quatro fatores fundamentais em uma moqueca: cor, sabor, perfume e consistência”.

A lei

gaeta-6A moqueca foi instituída como comida típica capixaba por meio da lei Estadual N° 7.567 de 2003, de autoria da deputada estadual Luzia Toledo. Mas Cacau faz um apelo. “É preciso que o governo encare esse dia como autopromoção da culinária em termos nacionais com grandes feiras e festas. Não é só criar a lei, o nosso país tem a mania de deixar tudo apenas no papel. E são pessoas como o Nhozinho que defendem a moqueca, levando a nossa culinária para o país e mundo”, disse Cacau.

 Gaeta: bodas de ouro com a moqueca

gaeta-2É o segundo ano consecutivo que o Gaeta comemora o Dia da Moqueca. “É uma história longa que começou há 50 anos. Estamos nessa luta, porque a moqueca é símbolo da culinária capixaba. Ela não pode morrer. E quando tomei conhecimento da lei, resolvi fazer algo para continuar divulgando a nossa gastronomia”, conta o proprietário Nhozinho Matos.

Ele ainda brinca: “quem vai à Roma quer ver o Papa, quem vem aqui no Espírito Santo quer experimentar a nossa moqueca capixaba”. Palavra de especialista, já que ganhou o título de moquequeiro de Cacau Monjardim. “Cozinheiro é quem cozinha de tudo, como eu só faço moqueca, recebi essa honrosa especialidade”.

gaeta-11Ainda destaca que enquanto tiver saúde, vai continuar fazendo o que mais ama na vida. “Eu administro a cozinha e a Idalina fica por conta do salão. Eu fico com a parte mais gostosa. E quando aperta lá dentro, eu coloco a mão na massa”. Para homenagear a cidade, cada prato recebe um nome especial. “Temos que incrementar o nosso turismo, por isso batizo as moquecas com nomes de pontos turísticos como Ilhas Rasas, Três Ilhas, Escalvada”.

Moquequinha e banana e tortinha de coco: mimos aos clientes

gaeta-9Idalina Matos revela o segredo do sucesso e conta que em primeiro lugar é ter sempre ingredientes frescos seja peixe ou temperos. Aliado a isso, poder contar com uma equipe dedicada tendo funcionários com mais de duas décadas de casa. Além dos mimos aos clientes como a moquequinha de banana que é servida como cortesia há mais de 30 anos.

“Fizemos essa receita quando recebemos um grupo de vegetarianos. No primeiro dia, caprichamos na salada. Mas no segundo dia, pensamos o que a gente ia oferecer. Foi quando tivemos a ideia de fazer uma moqueca de banana da terra, porque o capixaba gosta de comer peixe com banana. Eles adoraram e hoje compro banana na mesma proporção de peixe”, lembra a proprietária Idalina.

Outro diferencial da casa é a tortinha de coco, também servida como cortesia além de ter no cardápio para quem quiser saborear um pouco mais. “É uma receita de uma amiga que fiz pela primeira vez há 40 anos lá em casa. Gostei e trouxe para o restaurante. Hoje, quem almoça ou janta com a gente, se não comer a tortinha, é como se estivesse faltando alguma coisa na refeição”.

Ficou com água na boca? O Gaeta funciona diariamente das 11h às 22h.

 

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