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População mantém apoio à paralisação dos caminhoneiros em Guarapari
Por Carolina Brasil
Publicado em 28 de maio de 2018 às 17:48
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Mais uma vez, pessoas e grupos se uniram para prestar solidariedade e apoio ao movimento que completa oito dias consecutivos em todo o país.
Cerca de 20 veículos, 50 motociclistas e 10 ciclistas se reuniram no Posto Esplanada para seguirem juntos em direção ao trevo da Rodosol, no cruzamento com a Rodovia Jones dos Santos Neves, onde caminhoneiros em protesto contra os aumentos nos combustíveis estão reunidos. Mais à frente, sentido BR 101, há outros dois pontos de paralisação que, segundo os manifestantes, totalizam 200 caminhões. “Quando a gente vê uma classe tão forte e, ao mesmo tempo, tão diminuída como a dos caminhoneiros se unirem dessa forma em prol do Brasil, o mínimo que a gente deve fazer é se envolver nessa causa junto com eles. É um movimento que pode revolucionar o momento que agente está vivendo agora, de crise econômica, política e uma inversão de valores absurda”, ressaltou Renato Plazza, advogado destacando que a maioria da população apoia a causa.
Antes de chegar, o grupo passou pelo Centro da cidade e em parte de Muquiçaba chamando a atenção da população para a ação. Além de apoio, doações como gelo, pão, água e kits de higiene pessoal foram entregues com o objetivo de minimizar o desconforto dos caminhoneiros. Para Dhearla Simões essa ajuda é o mínimo que podem fazer. “Eu acho que essa luta não é só deles é nossa. A gente vê que está tudo errado, precisamos nos juntar a essa galera e fazer uma força maior para melhorar não só para os caminhoneiros, mas para todos nós”, contou a estudante universitária.
Como os mesmos objetivos, 29 membros da Loja Maçônica Honra e Virtude 101, de Alfredo Chaves, disponibilizaram recursos da entidade para o fornecimento de refeições como forma de mostrar solidariedade e fortalecer o movimento, que no entendimento deles é uma luta de todos os brasileiros. “O que a gente pede é que a população abrace essa causa, apesar dos transtornos, pois essa é uma causa justa. Eles lutam pela redução dos impostos dos combustíveis, não só do óleo diesel”, destacou José Luis Sarmenghi, venerável mestre.
Os caminhoneiros continuam parados, mesmo após anúncios do Governo Federal e do posicionamento da Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam). Os trabalhadores alegam que não reconhecem nenhuma das entidades envolvidas nos acordos. “O governo sabe o que nós queremos e precisa dar um passo concreto, com garantias de longo prazo, nada provisório. O fim do frete retorno e uma definição clara do que seria o valor mínimo estão na lista de reivindicações. O que ele fez até agora não é satisfatório e nós continuaremos parados”, pontou o caminhoneiro autônomo Carlos Henrique Martins.
Carlos relatou à nossa reportagem as perdas que teve desde janeiro com os aumentos dos custos no trajeto de 1600 km que costuma fazer de frete entre São José do Rio Pardo e Vila Velha. “Em janeiro eu gastei R$ 980,00 de combustível e cerca de R$ 500,00 de pedágio, no domingo (20/05) o mesmo abastecimento custou R$ 1500,00 e ainda paguei R$ 790,00 com pedágio. O valor do frete é o mesmo há quatro anos”, contabilizou o caminhoneiro com 20 anos de profissão.
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