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Praias de Guarapari vão contar com 100 guarda-vidas no verão

Por Livia Rangel

Publicado em 4 de dezembro de 2014 às 00:00

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O verão está chegando e com ele, as preocupações dos guarda-vidas dobram, triplicam, quadriplicam. É praia cheia, crianças perdidas e muita gente desafiando o mar. A semana do saco cheio foi uma prévia para a alta temporada: foram 343 resgates no mar, apoio a 120 crianças perdidas e 200 prevenções de afogamentos em locais de risco só no mês de outubro. São 76 guarda-vidas para garantir a segurança nas orlas, distribuídos por 10 praias. Para o verão, a gerência de salvamento marítimo vai contar com reforço de mais 24 salva-vidas.

“Na alta temporada, o índice de crianças perdidas aumenta até 80%. Já os afogamentos ficam em torno de 20% a 30%. É preciso ficar atento, ter sempre uma pessoa da família ou do grupo de amigos responsável por olhar as crianças. Já o afogamento depende das condições do mar, no entanto, geralmente nessa época do ano, ele está mais calmo. Mas se ingerir bebida alcoólica, evite entrar no fundo. Fique no raso, com mar até à altura da canela. E se tiver bandeira vermelha na praia, é sinal de perigo. Não entre no mar”, orienta o gerente de salvamento marítimo, Edson Layber Mendes.

De acordo com ele, a maior parte concentra-se na orla da Praia do Morro. Fora de temporada, são 19 guarda-vidas de manhã, das 7h às 13h, e 19 á tarde, das 13h às 19h. O restante é distribuído entre Praia da Cerca, Castanheiras, Areia Preta, Namorados, Santa Mônica, Setiba, Bacutia, Peracanga e Recanto da Sereia. Com o reforço do verão, será possível incluir mais duas praias na escala de trabalho: Prainha e dos Adventistas. “Os novos guarda-vidas devem começar a trabalhar a partir da segunda quinzena de dezembro. Suficiente nunca é, mas vai dar para trabalhar dando segurança nas praias”.    

 

Denúncias e morte preocupam moradores e turistas  

Neste ano, três pessoas perderam suas vidas no mar em Guarapari. Uma em Setiba e duas na Praia do Morro. A última vítima, inclusive, um jovem mineiro de apenas 26 anos, que se afogou na Praia do Morro, no último final de semana, fez moradores, turistas e até mesmo a administração pública repensar sobre o trabalho dos guarda-vidas de Guarapari.

“Na hora da ocorrência, eu estava trabalhando em Setiba. Mas assim que recebi a ligação vim para a Praia do Morro. Cheguei a ajudar na reanimação da vítima que estava na areia. Estava chovendo, tinha sinalização do perigo com bandeira vermelha na praia, mas os guarda-vidas realmente não estavam no local, foram os policiais do Ciac que fizeram o salvamento”, relata o gerente de salvamento marítimo, Edson Layber Mendes. De acordo com ele, pela escala de trabalho foram identificados os dois salva-vidas que já foram advertidos.

“Abrimos um processo administrativo disciplinar contra os funcionários. Um é efetivo é se for comprovada negligência, omissão de socorro e descumprimento da escala de trabalho, ele pode ser exonerado. O outro, que é contratado por meio de processo seletivo, pode ter o contrato cancelado. Ambos ficam impedidos de participarem de qualquer outro processo seletivo e concurso do município”, explicou a secretária Municipal de Saúde, Aurelice Vieira.

Ainda explicam que em dias de chuva, como foi no caso do último óbito por afogamento, os guarda-vidas podem se abrigar em pontos de apoio, mas jamais saírem da orla. “Na Praia do Morro, por exemplo, temos o quiosque número 10, e o Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac). Inclusive, conseguimos uma sala no Ciac. O espaço que era destinado ao Corpo de Bombeiros, foi cedido para os guarda-vidas. É a última sala, de frente para o mar”, conta Edson.  

Mas essa não é a única denúncia. Moradores e turistas reclamam que muitas vezes não vêem guarda-vidas nas orlas. E pior: alguns já se depararam com os profissionais uniformizados em diversos estabelecimentos durante o horário de trabalho. “Eu já vi, e mais de uma vez, guarda-vidas tanto na parte da manhã quanto no meio da tarde, dentro da lan house localizada na Av. Oceânica, atrás do Praia Center, na Praia do Morro”, conta uma moradora da região, que preferiu não se identificar.  

Edson explica que as normas de trabalho determinam que enquanto um ou dois guarda-vidas fiquem na base, os outros dois circulem por sua área de abrangência. Na Praia do Morro, por exemplo, são seis pontos, com 400 metros de distância entre uma base e outra. Ainda esclarece que eles têm uma hora de almoço, mas que não podem sair todos de uma vez, pelo menos um tem que ficar na base.

“Eu sei que eles almoçam ali dentro da galeria do Praia do Center. Também compram lanche no supermercado que tem lá dentro. Mas não podem ficar circulando ali no horário de trabalho. O local de trabalho deles é na praia. E quem tiver denúncia, pode me procurar por meio da Secretaria de Saúde. Qualquer denúncia, nós vamos verificar, investigar e se for comprovado, serão punidos e até mesmo demitidos”, esclarece Edson.

 

 

 

 

 

 

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