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Após cirurgias no cérebro, jovem de Guarapari encontra motivação na família e no esporte
Superação é a palavra de ordem de Vitor Rangel em busca de novos caminhos
Por Aline Couto
Publicado em 30 de novembro de 2021 às 15:51
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Vitor Rangel, 26 anos, precisou buscar forças para se reerguer após levar um susto grande em 2017, quando foi diagnosticado com uma malformação vascular e passou por três cirurgias cerebrais. A família e o esporte, que sempre praticou, foram fundamentais para o entendimento da situação e a aceitação da nova condição.
Doença
No ano de 2017, após ser diagnosticado com uma malformação vascular, e constatada uma lesão de 8 a 9 centímetros no cérebro, o jovem morador de Guarapari, então com 22 anos, passou pela primeira cirurgia no mesmo ano e depois necessitou de mais duas, em 2018 e 2019.
“Foi muito difícil ver meu filho tão lindo, atleta, um jovem saudável, ter que passar por tudo aquilo. Aconteceu de forma repentina e a luta foi grande. Ele acordou um dia com dormência no braço direto, que ficou persistente, depois perdeu o equilíbrio. Vitor fez vários exames, havia uma suspeita de tumor no cérebro, que depois foi descartada. No entanto, precisou das cirurgias, pois o lado direito do corpo dele estava sendo afetado pela lesão e ele estava perdendo os movimentos”, contou a mãe, Celma Martins.
Família
Na época, Vitor namorava Andressa Squassante, hoje já esposa, e, segundo o próprio marido, ela foi incansável ao lado dele. Assim como a mãe Celma. Ambas se revezavam no hospital e continuaram dando todo apoio e suporte necessários para que Vitor ganhasse essa batalha a favor da vida.
“Assim que saí do hospital eu andava só de muletas. Fiz, e ainda faço muita fisioterapia para melhorar a minha parte motora, que ficou bem afetada. Tive que reaprender a comer e a escrever com o lado esquerdo, eu era destro. Minha esposa e minha mãe foram fundamentais para minha adaptação de todo processo”, relatou Vitor.
Esporte
Sempre ligado ao esporte, em especial ao futebol, Vitor era jogador amador. Mas, após as cirurgias ficou com quase 100 % do lado direito paralisado e se viu obrigado a parar.
“Nunca me dei por vencido, sabia que o futebol que jogava antes não era mais possível. Mas não parei de buscar novos caminhos, sempre de cabeça erguida”, enfatizou.
Até que um dia, ele viu na televisão a respeito do futebol de PC, para pessoas com alguma paralisia cerebral, e foi atrás de informações.
“Aqui no Estado não tem esse tipo de campeonato, então enviei meus vídeos amadores para um contato que me passaram do Piauí. Eles gostaram do que viram e fui convidado para participar do Campeonato Brasileiro de Futebol PC da segunda divisão, em Santa Catarina. No final, ficamos em terceiro lugar e fui eleito o melhor jogador do campeonato”.
Futuro
Vitor agora vai correr atrás de participar do campeonato da primeira divisão e não pretende parar mais. O jovem, casado há dois anos, também pretende aumentar a família em 2023.
Sobre o que pensou diante de tudo que aconteceu em sua vida nos últimos anos, Vitor disse que nunca questionou o porquê ter acontecido com ele e canalizou as energias para sair o mais forte possível da situação.
“Prefiro que tenha acontecido comigo a com alguém da minha família que tanto amo. Sei que todos sofreram muito, mas ficamos ainda mais unidos. Nunca me deixei abater e não vai ser agora que irá acontecer. Um dia de cada vez e vamos seguindo em frente”.
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