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“As crianças especiais terão as assistências necessárias em Guarapari”, garantiu a secretária da Educação

Por Aline Couto

Publicado em 11 de fevereiro de 2022 às 13:47

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“As crianças especiais terão as assistências necessárias em Guarapari”, garantiu a secretária da Educação
Secretária da Educação, Tamili Mardegan.

Nessa quinta-feira (10) a secretária Municipal da Educação, Tamili Mardegan da Silva, recebeu a equipe do folhaonline.es no gabinete da Semed e concedeu uma entrevista como forma de esclarecimento a respeito das reclamações de mães de crianças especiais de Guarapari sobre a falta de assistentes, cuidadoras, nas salas de aula das escolas do município.

Segundo a secretária, o momento é de adaptação do ano letivo que está iniciando. “Ainda estamos conhecendo nossos alunos e a demanda aumentou demais em dois anos, desde o início da pandemia. Algumas famílias ainda não sabiam se as aulas retornariam para o presencial, então aguardaram para ter a certeza e enviar as crianças. Por isso, temos muitos alunos que não conhecemos, não apareciam nos nossos cadastros, e nesses primeiros dias de aula estão sendo relacionados. Era uma demanda reprimida no município, o que impõe uma resposta rápida da Secretaria. Nesse momento estamos fazendo chamamentos direto, só de auxiliar de serviços escolares e cuidadores, mais de 250 já foram contratados. E novos profissionais ainda serão contratados, de acordo com o recebimento dos alunos e das necessidades. Todo atendimento sempre foi feito aos nossos alunos portadores de deficiências – PCD, seja antes ou durante a pandemia, e agora está sendo normalizado”.

Tamili também relatou que alguns profissionais já selecionados desistiram de atuar na Rede Municipal de Ensino, o que atrasou ainda mais as contratações. “Cada vez que um aluno especial é matriculado, há uma nova demanda de outro profissional, seja para atender o aluno individualmente ou para grupos de dois ou três em formato de rodízio. Não é apenas o assistente cuidador, nós temos outros profissionais que estão atuando com esse aluno na escola. É sempre caso a caso, tudo dependendo do laudo médico e do tipo de deficiência que a criança apresenta”.

Atualmente, de acordo com a secretária, mais de mil alunos especiais já estão matriculados em todo município. Ela explicou como é realizado esse atendimento: “O profissional que cuida do aluno especial vai além do assistente de sala, do cuidador, é toda uma gama que o município oferece, desde o professor de atendimento educacional especializado, passando pelo professor regente, ao professor que atende no contra turno, ou no próprio horário de aula, que a gente chama de colaborativo. Nós temos toda uma rede de proteção para esses alunos. O trabalho pedagógico dessa criança independe do auxiliar de serviço escolar e do assistente de sala, como a própria legislação diz. Cada caso tem que ser observado, não é só uma questão de números de alunos, há casos e casos”.

Sobre as reclamações das mães, Tamili disse que é preciso investigar esses casos pontuais. “Uma mãe vai querer que o filho tenha sempre esse atendimento na escola, mas é preciso que as mães entendam que nem todo caso demanda de um auxiliar específico ao lado do aluno. Isso é Lei. O aluno especial não é exclusividade de um profissional, ele é aluno da escola. Tem que ser enfatizado que o município não oferta somente esse serviço, temos o professor de educação especial, o professor regente, os pedagogos, os coordenadores de turno, e outros profissionais que formam essa rede de proteção para as crianças”.

A secretária finalizou garantindo que as crianças especiais terão as assistências necessárias durante o ano letivo de 2022. “As necessidades nunca deixaram de ser encaminhadas. Confiamos muito no trabalho de análise das escolas para saber se o aluno precisa ou não desse de auxílio. Baseado também nos médicos que acompanham esse aluno, nos laudos, que muitas vezes já dizem a necessidade do aluno, a gente sempre observa junto ao setor específico de educação especial da Semed, que vai acompanhando e monitorando para ir mandando profissionais a mais ou remanejando de acordo com as demandas”.

O que as mães dizem

Ontem (10), mães de crianças especiais de Guarapari protestaram de forma silenciosa na porta da Prefeitura de Guarapari em busca de respostas para a questão da falta de assistentes, cuidadoras, nas salas de aula das escolas do município.

“As crianças especiais terão as assistências necessárias em Guarapari”, garantiu a secretária da Educação
Foto: arquivo pessoal.

“Tentamos falar com a ouvidoria, mas ninguém quis descer para nos receber”, relatou Desirée Meriguete, que é mãe de uma criança especial, além de coordenadora do grupo Colorindo Sonhos e participante do Conselho Municipal Dos Direitos da Pessoa com Deficiência – PCD.

Ela e as outras mães presentes no ato disseram que lutam há anos por cuidadores para que os filhos não fiquem fora da sala de aula. “Todo ano nossos filhos ficam fora das salas de aula porque não tem quem os acompanhe. Em alguns casos, dependendo da deficiência, a criança não consegue ficar na escola por falta desses profissionais. A quantidade de assistentes que estão contratando é infinitamente inferior ao que precisa para atender todas as crianças. Uma única cuidadora não tem condições de olhar duas ou três crianças ao mesmo tempo. É Lei o direito de acompanhante para alunos especiais incluídos em classes comuns de ensino regular, precisa ser resolvido”.

É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização do FolhaOnline.es.

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