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Entrevista: conheça o Papai Noel que leva a magia do Natal para instituições sociais de Guarapari

Demétrio de Castro contou os detalhes da sua história e como é levar sorrisos e presentes em trabalhos voluntários

Por Pedro Henrique Oliveira

Publicado em 25 de dezembro de 2023 às 15:00

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Fotos: arquivo pessoal

Foi aos 18 anos, ao atender um pedido da família, que Demétrio de Castro se viu pela primeira vez como Papai Noel, mas foi na segunda oportunidade que ele sentiu “uma sensação incrível” ao se apresentar como o bom velhinho em uma casa de apoio que recebia filhos de mães solo. Então, uma pausa na magia do Natal, e só há cerca de 16 anos ele voltou a usar tradicional roupa. Hoje, aos 62 anos, o mineiro de Belo Horizonte expressa a felicidade e a satisfação em ser o mensageiro dessa data especial para crianças e adultos. Em conversa com a Sou, Demétrio – ou Papai Noel – contou os detalhes da sua história, o período difícil com problemas de saúde e como é levar sorrisos e presentes em trabalhos voluntários para instituições sociais de Guarapari.

Como e quando começou sua história como Papai Noel?

A primeira vez que me vesti de Papai Noel foi aos 18 anos. Eu morava na casa da minha tia, irmã da minha mãe, e lá meus primos eram mais velhos que eu, todos casados e com filhos. Um deles me falou: ‘Demétrio, vamos nos vestir de Papai Noel para as crianças?’. Eu aceitei. Depois disso, uma outra tia, de Ouro Preto, perguntou se eu não queria me vestir para 22 crianças em uma casa de apoio para mães solo. Foi legal demais, uma sensação incrível. Tenho fotos e lembranças das crianças agradecendo ‘obrigado, Papai Noel’ por ter ganhado uma bola de presente. Foi aí que eu comecei a sentir o clima do que é ser Papai Noel, existe um lado espiritual, carinhoso e humano. Vesti mais algumas vezes e parei. Há uns 15, 16 anos, voltei a colocar uma roupa de Papai Noel para meus filhos, mas não só para eles, foi uma festa muito legal. A partir daí, comecei a fazer frequentemente.

Você foi dono de uma loja aqui em Guarapari também. Como conciliou essas duas atividades?

Quando vim para Guarapari montei a minha loja de produtos naturais e decidi fazer o Papai Noel para os clientes, me programei para que nos 10 dias antes do Natal, eu chegaria de Papai Noel na loja. Como ficava no shopping, eu acabava fazendo para o shopping inteiro. Foram dois anos fazendo isso.

Você também passou por um período difícil, quando sofreu dois infartos. Quando e como isso mexeu com a sua vida?

O primeiro infarto foi em 2014, quando eu coloquei quatro stents. Eu estava completando quase dois anos de loja, atravessei um período difícil quando a economia da cidade sofreu alguns impactos do acidente ambiental que ocorreu em Minas Gerais. Após isso, fiquei internado com dengue durante alguns dias, e quando tive alta decidi fechar minha loja. No ano seguinte, eu sofri outro infarto e tive que abrir o peito, foram duas safenas e uma mamária. Foi quando o trabalho de Papai Noel em eventos também me ajudou.

Você realiza, anualmente, ações voluntárias como Papai Noel em instituições sociais. Conte um pouco como começou esse trabalho.

No ano seguinte após fechar a loja, eu passei a visitar algumas instituições, como a Creche Alegria e a APAE, vestido de Papai Noel. Eu sempre começo a fazer o Papai Noel em cima de duas datas: Apae e Creche Alegria. Já a partir de setembro, eu entro em contato para agendar a visita nas festas dessas instituições. Em cima dessas datas, eu agendo o restante.

Como é para você observar a reação dessas crianças e mexer com todo esse sentimento de Natal?

Tem hora que eu não consigo descrever. Toda vez que eu me visto de Papai Noel, eu fico tenso. Enquanto não começa, eu não relaxo, é uma emoção que eu não consigo identificar, e quando começa flui com naturalidade. Há situações nas quais eu só agradeço, tanto com crianças quanto com adultos. Eu tenho muito mais a agradecer.

Quais as memórias mais marcantes que você tem como Papai Noel?

No ano passado, uma senhorinha chegou para mim e perguntou se poderia me abraçar, eu respondi que sim. Sabe aquele abraço aconchegante… ela me disse: “Eu não tenho pai, mas tenho a figura do Papai Noel como se fosse meu pai”. Eu engasguei, foi algo que me marcou bastante. Teve uma vez, na véspera de Natal, que eu saí com uma moto que eu tinha vestido de Papai Noel. Durante esse passeio, encontrei com um casal de amigos e parei para conversar. Uma pessoa se aproximou com uma cesta nas mãos e perguntou se eu poderia entregar para a filha dela. Eu disse que podia. Então, fiz essa entrega e depois de um tempo voltei para saber o que ela tinha achado. Contaram que ela ficou grudada na cesta, dizendo que o Papai Noel havia dado. Era uma menina que estuda na APAE, até hoje tenho contato. Se ela me encontrar na rua, me abraça. São lembranças muito boas.

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