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Guarapari ainda carece de políticas públicas para população trans

Por Pedro Henrique Oliveira

Publicado em 31 de janeiro de 2023 às 18:34

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Foto: reprodução

Janeiro é o mês da Visibilidade Trans. A data nacional marcada para a celebração foi no último domingo (29). Criada para reafirmar e reivindicar direitos para as pessoas trans e travestis, a iniciativa busca sensibilizar a sociedade por mais conhecimento e reconhecimento das identidades de gênero, além de combater os estigmas e a violência sofrida pela população.

De acordo com o último “Dossiê Assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras”, da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), o Brasil é, pelo 14º ano consecutivo, o país com mais mortes de pessoas trans e travestis do mundo. Em 2022, foram 131 pessoas assassinadas no país, sendo que 130 foram de mulheres trans ou travestis e uma de homem trans.

Para que esse número diminua, a criação e execução de políticas públicas voltadas para essa população é essencial. Em Guarapari, movimentos criados para buscar fortalecer essa luta ainda carecem de apoio de órgãos públicos, como aponta a ativista e influenciadora Aghata Barbosa, que faz parte do Coletivo Diversidade, Resistência e Cultura.

Natural de Anchieta, mas moradora de Guarapari desde criança, ela explica que a cidade ainda possui forte resistência ao apoio à cultura LGBTQIA+. “É muito difícil ser quem somos em uma cidade preconceituosa, mas jamais deixei de ser quem sou. Desde 2015, organizo eventos como o Lual e Sarau da Diversidade junto com o nosso coletivo, lutando contra o preconceito na nossa cidade.”

Aghata ainda contou já ter sido hostilizada e ofendida durante um evento público da cidade, ao lado de uma amiga. “Fomos barradas de utilizar o banheiro público do evento, e fomos atacadas com palavras transfóbicas”, afirmou.

Segundo ela, a administração municipal também não concede a devida atenção às demandas da comunidade LGBTQIA+. Ela denuncia a falta de projetos e apoio à eventos culturais na cidade. 

“Não existe trabalho algum sendo feito pela prefeitura. Já corremos atrás da Secretaria de Cultura várias vezes para organizarmos eventos, e nunca tivemos retorno”. Agora, o coletivo está em busca de apoio para um Manifesto LGBTQIA+, mas ainda não tiveram retorno da Prefeitura.

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Aghata (dir.) obteve uma vaga no Cejuve. Foto: divulgação/Coletivo DRC

Recentemente, Aghata se tornou a primeira mulher trans a obter uma vaga no Conselho Estadual das Juventudes (Cejuve). O órgão foi criado pelo governo do Estado com o objetivo de propor e formular diretrizes voltadas para a população jovem do Espírito Santo.

Questionada sobre as políticas que pretende colocar em debate, ela apontou o acesso ao emprego e luta contra o preconceito nas cidades.

“Tentar formas de reedificação de nós, pessoas trans, e lutar para que nossa comunidade tenha um melhor acesso à empregabilidade, com isso diminuindo o número de pessoas trans em vulnerabilidade nas ruas”, concluiu.

Procurada para informar sobre projetos ou ações voltados para a comunidade LGBTQIA+, a Prefeitura de Guarapari não retornou até o contato.

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