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Guarapari: baleia encalha na Praia do Riacho; pesquisadores estão com dificuldades para retirar o animal
Por Aline Couto
Publicado em 11 de agosto de 2021 às 11:12
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Uma baleia da espécie Jubarte amanheceu encalhada na areia da Praia do Riacho, em Guarapari. De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo, através de uma rede social por volta das 9h desta manhã (11), o animal está morto e tem aproximadamente oito metros.
Responsável pelo Instituto ORCA, o diretor Lupércio Barbosa contou que uma equipe está no local para avaliar situação e a remoção da baleia, mas o contato com os pesquisadores está complicado. “Assim que recebemos a informação uma equipe foi para a Praia do Riacho. Mas não estou conseguindo me comunicar com eles, são três telefones e toda hora a ligação cai ou os celulares ficam fora de área”.
No entanto, Lupércio conseguiu algumas informações. “O que posso dizer é que o animal é de porte médio e pesa em torno de 20 toneladas. E, por conta da questão geográfica, da declividade alta da área e da maré, vamos ter muito dificuldade em retirar a baleia do local para realizar a necropsia, o que não é possível ser feito com o animal na água. Por isso, acredito que a remoção será um processo longo que deve durar o dia todo”.
Como ainda não tem todas as informações sobre a atual situação do desencalhe, Lupércio também alerta para os tipos de equipamentos que os municípios possuem para a remoção da baleia. “Para retirar esse tipo de animal precisamos de equipamentos grandes e apropriados, e, normalmente, os municípios não possuem. Aí será necessário alugar ou pedir emprestado a alguma empresa, o que dificulta ainda mais. Por isso, é preciso estudar bem quais as possibilidades para a resolução da situação, é uma operação bem complexa”.
Instituto ORCA
O Instituto ORCA (Organização Consciência Ambiental) é uma O.N.G. capixaba, sem fins lucrativos com o objetivo de desenvolver, promover e incentivar atividades que possibilitem a conservação do meio ambiente e dos recursos naturais.
A instituição desenvolve atividades voltadas à conservação de espécies e ecossistemas marinhos, se destacando pelo pioneirismo e exclusividade das ações direcionadas ao estudo de história natural e à conservação dos mamíferos aquáticos (baleias, botos e golfinhos) no litoral do Espírito Santo.
Esses estudos são fundamentais para a adoção de práticas sustentáveis de utilização dos recursos naturais, sem prejuízos para esses animais, bem como para as atividades econômicas desenvolvidas em suas áreas de distribuição.
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