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Iema apreende material de pesca e caça submarina no Arquipélago das Três Ilhas, em Guarapari

Órgão tem realizando ações educativas e fiscalizatórias desde o final do ano passado para impedir a pesca ilegal no local

Por Redação Folhaonline.es

Publicado em 16 de janeiro de 2024 às 13:56

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Fiscalizacao Tres Ilhas 13 e 14 de janeiro - Iema apreende material de pesca e caça submarina no Arquipélago das Três Ilhas, em Guarapari
Foto: divulgação

O Arquipélago das Três Ilhas tem uma das maiores biodiversidades de ecossistemas marinhos do Brasil. Mas essa riqueza natural está sofrendo ameaças pela ação humana. Neste fim de semana, durante ação fiscalizatória, o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) apreendeu mais uma vez materiais de pesca e caça submarina no local.

Na ação realizada no último sábado (13), foi recolhida rede sem identificação e com malha muito reduzida (próximo a 2 centímetros). “Durante o recolhimento da rede, foram liberados os peixes que ainda estavam vivos. Observamos que a rede tinha capturado vários peixes juvenis, como a Sarda-sororoca (Scomberomorus brasiliensis), com menos de 25 cm, sendo que este peixe passa de 1 metro.

Na região, que tem Zona Marinha de Uso Indireto (ZMUI), local onde todo tipo de pesca é proibido, foram apreendidos quatro arbaletes (material usado para pesca submarina). Os infratores serão multados por descumprimento das regras de uso estabelecidas no zoneamento ambiental da Área de Proteção Ambiental (APA) de Setiba, Unidade de Conservação onde está localizado o Arquipélago das Três Ilhas.

Com os mergulhadores, foi identificado um Paru-branco (Chaetodipterus faber), peixe de passagem que frequenta ambientes recifais do Arquipélago e que foi abatido no local.

Já no domingo (14), foram identificados quatro marisqueiros que estavam extraindo mariscos na Ilha Guanchumbas, uma das cinco ilhas que compõem o Arquipélago das Três Ilhas. Embora a pesca seja proibida em todo o Arquipélago, a coleta de marisco é permitida em algumas ilhas para marisqueiros profissionais, que têm esta atividade como principal fonte de renda.   

“Conforme estabelecido no Zoneamento Ambiental da APA de Setiba, as ilhas Guanchumbas, Leste-Oeste e Guararema fazem parte da Zona Marinha de Conservação Especial (ZMCE). Nos anos pares, a coleta de mexilhão é permitida na Ilha Guanchumas. E nos anos ímpares, nas ilhas Leste-Oeste e na Ilha Guararema. O revezamento entre as ilhas foi definido para evitar a sobre-exploração dos estoques de mexilhões”, explica a servidora do Iema que participou das ações, Sandra Ribeiro.

O Iema está realizando ações educativas e fiscalizatórias no Arquipélago das Três Ilhas desde o final do ano passado para impedir a pesca ilegal no local, proporcionar um refúgio para a biodiversidade marinha e garantindo um atrativo turismo ímpar para o Espírito Santo. Na última semana, o órgão apreendeu diversos materiais de pesca na região também.

Saiba quais são as atividades proibidas no Arquipélago das Três Ilhas:

– Tocar e coletar organismos marinhos;

– Pesca;

– Jogar lixo;

– Cortar a vegetação;

– Som (música) tanto nas embarcações quanto nas ilhas do arquipélago;

– Acampamento: corte de vegetação para abertura de clareiras para colocar as barracas de camping. Além da destruição da vegetação nativa, as clareiras favorecem a proliferação das gramíneas exóticas invasoras e a erosão do solo, que fica exposto e é carreado para o mar, especialmente quando o terreno apresenta declividade. Nas Três Ilhas, a faixa de solo é muito fina, por isso, sua perda é crítica e representa um impacto significativo para o ecossistema local;

– Falta de banheiros: as pessoas devem ter consciência da falta de banheiros nas Três Ilhas, ficando proibidas as necessidades fisiológicas na unidade de conservação, pois causa do mau cheiro e da poluição do local;

– Uso do fogo e churrasco: aumenta o risco de incêndio. No ano de 2014, perdeu-se o controle do fogo de uma churrasqueira. Devido às rajadas de vento, toda vegetação da Ilha do Cambaião foi queimada. Com a queima da vegetação nativa, houve grande proliferação das espécies exóticas invasoras (gramineias e piteiras);

– Restos de comida: descarte de resto de carnes e demais alimentos atrai grande quantidade de urubus, que podem estar competindo por espaço (para ninhos) com as espécies nativas;

– Pesca: a captura de grande quantidade de peixes recifais, na maioria das vezes juvenis, já que a área é um berçário, provoca redução da população e contribui para o declínio populacional de muitas espécies.

*Com informações do Governo do Estado.

É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização do FolhaOnline.es.

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