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Iema realiza abordagens educativas sobre regras de uso nas Três Ilhas, em Guarapari

Objetivo é orientar os visitantes sobre as principais atividades proibidas no local: pesca, camping, churrasco e fogueira

Por Redação Folhaonline.es

Publicado em 8 de janeiro de 2024 às 09:47

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tres ilhas iema - Iema realiza abordagens educativas sobre regras de uso nas Três Ilhas, em Guarapari
Foto: divulgação

O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) está realizando abordagens educativas no Arquipélago das Três Ilhas, localizado dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) de Setiba, em Guarapari. O objetivo é orientar os visitantes sobre as principais atividades proibidas no local: pesca, camping, churrasco e fogueira. As ações tiveram início no mês de dezembro do ano passado e vão até a semana de Carnaval, em fevereiro.

“Os turistas são muito bem-vindos ao arquipélago. Entretanto, existem regras básicas que precisam ser respeitadas para que haja a conservação do meio ambiente e a prosperidade das espécies que ali vivem. Por isso, o Iema, que é responsável pela conservação do arquipélago, tem feito constantes ações de fiscalização, tendo como premissa a conscientização da população, utilizando-se de ações punitivas apenas em último caso”, disse o servidor do Iema, Gilberto Sipioni.

“O Arquipélago das Três Ilhas é rico em biodiversidade e um ecossistema equilibrado e cheio de vida, além de ser um dos principais atrativos da região. As belezas naturais do local atraem um número cada vez maior de turistas, principalmente no Verão, época do ano em que Guarapari e as cidades vizinhas recebem um grande fluxo de pessoas”, ressaltou Sipioni.

Em uma das ações realizadas, em parceria com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), diversas redes de pesca irregulares foram apreendidas. Já em outra operação, alguns visitantes que estavam na Ilha usando churrasqueiras foram abordados e orientados sobre os riscos de incêndios que podem ocorrer na região.

Em outra ocasião, a equipe do Programa Estadual de Prevenção e Combates a Incêndios Florestais (Prevines) do Iema foi acionada para atender a uma ocorrência de incêndio no arquipélago. “Essas ações que estão sendo realizadas nesse período são preventivas por conta de práticas irregulares como churrasco e pesca. Estamos orientando as pessoas que ainda não conhecem a região e as que já conhecem, deixando evidente que o descumprimento dessas regras pode gerar punições”, explicou o coordenador do Prevines, Marcelo Nascimento.


Saiba quais são as atividades proibidas no Arquipélago das Três Ilhas:

– Tocar e coletar organismos marinhos;

– Pesca;

– Jogar lixo;

– Cortar a vegetação;

– Som (música) tanto nas embarcações quanto nas ilhas do arquipélago;

– Acampamento: corte de vegetação para abertura de clareiras para colocar as barracas de camping. Além da destruição da vegetação nativa, as clareiras favorecem a proliferação das gramíneas exóticas invasoras e a erosão do solo, que fica exposto e é carreado para o mar, especialmente quando o terreno apresenta declividade. Nas Três Ilhas, a faixa de solo é muito fina, por isso, sua perda é crítica e representa um impacto significativo para o ecossistema local;

– Falta de banheiros: as pessoas devem ter consciência da falta de banheiros nas Três Ilhas, ficando proibidas as necessidades fisiológicas na unidade de conservação, pois causa do mau cheiro e da poluição do local;

– Uso do fogo e churrasco: aumenta o risco de incêndio. No ano de 2014, perdeu-se o controle do fogo de uma churrasqueira. Devido às rajadas de vento, toda vegetação da Ilha do Cambaião foi queimada. Com a queima da vegetação nativa, houve grande proliferação das espécies exóticas invasoras (gramineias e piteiras);

– Restos de comida: descarte de resto de carnes e demais alimentos atrai grande quantidade de urubus, que podem estar competindo por espaço (para ninhos) com as espécies nativas;

– Pesca: a captura de grande quantidade de peixes recifais, na maioria das vezes juvenis, já que a área é um berçário, provoca redução da população e contribui para o declínio populacional de muitas espécies.

*Com informações do Governo do Estado.

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