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Audiência pública irá debater as dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência em Guarapari
Mães do Colorindo Sonhos convidam a população para comparecer e entender as questões debatidas
Por Aline Couto
Publicado em 2 de junho de 2022 às 13:15
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Nessa sexta-feira (03), às 15h, a Câmara Municipal de Guarapari realizará uma Audiência Pública para debater as dificuldades enfrentadas pelas pessoas que possuem algum tipo de deficiência residentes no município.
Para o encontro, proposto pelos parlamentares da Casa, foram convidados para participar representantes das secretarias municipais: Saúde; Educação; Trabalho, Assistência e Cidadania; e Obras Públicas e Fiscalização. Além dos responsáveis pelas entidades Apae e Pestalozzi e o Grupo Colorindo Sonhos.
Representando o Colorindo Sonhos; grupo que luta por acessibilidade, qualidade de vida, e direito ao lazer para crianças e adolescentes com deficiência; Shirlei do Nascimento falou sobre a importância do debate para toda sociedade.
“Essa audiência é muito importante para nós, principalmente porque dependemos do SUS (Sistema Único de Saúde). Não só para nós mães do grupo, mas para a maioria da população, que utiliza do serviço. Nessa audiência vamos falar como anda a saúde de Guarapari, e tentar achar uma saída para uma melhora, porque do jeito que está não dá para ficar. Faltam médicos e medicamentos, além de pessoas qualificadas para trabalhar”.
Em tempo
No final de maio, Mães do Colorindo Sonhos se reuniram na Praça do Bradesco, Centro, e foram caminhando juntas pedindo pelos direitos dos filhos especiais até a porta da Câmara Municipal de Guarapari, onde foram recebidas pelos parlamentares.
Na ocasião, Shirlei pôde contar um pouco da história, da realidade, e das lutas diárias que cada mãe vive. E explicou as maiores necessidades das crianças.
“Falei sobre as fraldas, transporte, medicação, e tudo que diz respeito aos nossos filhos. E deixei bem claro que em momento nenhum dissemos que não tinha fralda, tem sim, mas de péssima qualidade. O pacote de fraldas vem rasgado, você coloca e o fecho solta, ou ele é curto demais. Ônibus, também tem, só que a frota é 30%. Por exemplo, para eu poder chegar na Pestalozzi com meu filho 9h da manhã de ônibus, tenho que sair de casa 7h da manhã. Mas tem outras mães que moram ainda mais longe, em Condados, Boa Esperança. Tem mãe que sai 4h da manhã de casa para ser atendida. Medicação, às vezes tem, às vezes não. Sempre falta uma ou outra. O que nós estamos querendo é isso, que eles revejam essas questões”.
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