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Antônio Ribeiro escreve para o folhaonline.es aos domingos e, a cada semana, o colunista relaciona Guarapari ao tema do momento. 

Coluna Dom Antônio: Mais um Gigante do comércio guarapariense nos deixou

Por Antônio Ribeiro

Publicado em 14 de abril de 2024 às 09:00
Atualizado em 14 de abril de 2024 às 09:00

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Foto: Antônio Ribeiro

Dia primeiro de abril, as redes sociais amanheceram com muitas histórias difíceis de acreditar, que ao final sempre terminavam com menção ao dia da mentira.

No meio destas, uma que até agora muitos acreditam ser mentira, dava conta do falecimento do Gigante dos Calçados, que alguns ainda pensam ser primeiro de abril.

José Aluízio da Rocha Campos, seu nome que poucos sabiam, mineiro de BH, como gostava de dizer, se foi aos 73 anos, quando o normal hoje é ir entre 80 e 90, como o Ziraldo.

Embora tão novo, a loja Gigante Calçados de Guarapari já tem 47 anos, mais o tempo da inicial em Ponte Nova, onde o Gigante foi vendedor, gerente e depois terminou comprando.

Em Guarapari, começou a primeira loja no Edifício Niágara, onde hoje funciona uma sorveteria. Sempre gostou de sorvetes e ajudava comprando muitos dos que tinham vendido pouco.

A loja foi tão bem que em pouco tempo comprou o imóvel onde hoje funciona o Gigantinho. Para diversificar, montou ali o Gigante Scotch Bar, que foi o primeiro lugar a vender chopp na cidade.

Logo se tornaria o maior vendedor de chopp do Espírito Santo, já que metade da cidade passava por lá depois do trabalho, para fazer um happy hour, que logo ficou famoso e ponto obrigatório.

Casou em 31/3/73 e por ironia do destino, faleceu em primeiro de abril. Vieram morar em Guarapari e como a loja de calçados e o bar iam bem, comprou o imóvel onde até hoje funciona a Gigante Calçados.

A loja em frente, onde funcionava o bar, ficou para a esposa Berê, que decidiu montar a Gigantinho, para as duas filhas, que a mais velha tocava. Quando esta foi morar na Espanha a outra, Luiza, assumiu.

Com oito imóveis, estava se preparando para a aposentadoria, decidindo junto com a esposa, que iriam viajar pelo Brasil, já que todos os anos, depois das férias, faziam uma viagem e gostavam.

Dedicado, ele mesmo treinava os funcionários, tanto na parte comercial como pessoal, especialmente no como tratar as pessoas para terem um atendimento que conquistava os clientes.

Brincalhão, levava na gozação o fato dele ser atleticano e a Berê cruzeirense. Assim era com todo mundo, sempre de bom humor e com uma palavra amiga que conquistava.

Outro talento que cultivava nas poucas horas vagas era o artesanato, que ele mesmo fazia: as capelinhas com Nossa Senhora Aparecida, de quem era grande devoto.

Amava também a família, tanto a dele quanto dela a quem sempre que preciso, ajudava no encaminhamento. Nos últimos tempos mais aos sobrinhos e netos.

Dos funcionários e colaboradores era um paizão e os tratava com dedicação, tentando sempre que melhorassem e progredissem na vida profissional.

Conseguiu o ótimo terreno para a construção da linda Loja Maçônica em frente ao cemitério, que acompanhou e ajudou na construção.

Por tudo isso, foi distinguido com o título de Cidadão Guarapariense, para depois ser Cidadão Espírito Santense, na ALES de Vitória.

Pena que foi tão cedo e muito rápido. Depois do diagnóstico de CA, fez todo o tratamento e estava curado, mas em 45 dias se foi.

Como o escrito nas sacolas: “Quem compra no Gigante vai para o Céu.” Ele foi! 

Antônio Ribeiro é administrador pelo Mackenzie, especialista em Marketing pela PUC e MBA pela FGV, mestrado em Portugal e doutorado na Espanha. Autor de 47 livros e mais de 250 colunas sobre Guarapari.

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As informações e/ou opiniões contidas neste artigo são de cunho pessoal e de responsabilidade do autor; além disso, não refletem, necessariamente, os posicionamentos do folhaonline.es

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