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Editorial: Uma escolha inconsequente

Por Livia Rangel

Publicado em 19 de novembro de 2012 às 00:00

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Edson Figueiredo Magalhães. Uma figura que conquistou empatia entre o a maior parte dos moradores de Guarapari. Que construiu diversas escolas e unidades de saúde. Que asfaltou bairros ignorados por gestões anteriores. Que desenterrou o projeto de um hospital público para a cidade. Que aumentou a arrecadação do IPTU…

Mas que também se complicou na Justiça, colecionando mais de 40 processos. Que há mais de dois anos não consegue elaborar corretamente um edital para a contratação de empresa para o transporte público. Que sequer conseguiu montar uma guarda municipal de trânsito. Que sucateou a Casa da Cultura e a Biblioteca Municipal. Que não deu a devida atenção e valorização ao servidor público e viu diversos profissionais qualificados migrarem para prefeituras vizinhas em busca de melhor remuneração. Que sacramentou o apadrinhamento e coleguismo na nomeação de cargos de confiança. E que, em uma última tentativa de manter-se no poder, ousou ignorar a Constituição, buscando um terceiro mandato consecutivo.

Mesmo alertado ao longo do ano que não poderia se candidatar, Edson levou seu plano em frente e ainda contou com a irresponsabilidade de três medalhões partidários estaduais: Paulo Hartung, Ricardo Ferraço e Theodorico Ferraço. Este último chegou a afirmar em comício que Paulo Hartung iria “iluminar” as mentes dos juízes do TRE-ES para que ele tivesse sua candidatura aprovada, porém sem sucesso.

Edson não desistiu e tripudiou sobre a boa fé de seus eleitores ao afirmar que poderia ser candidato; teve oportunidade de, ao longo de seu mandato, estabelecer um sucessor e não o fez. Durante a campanha, apesar das derrotas na Justiça Eleitoral Municipal e Estadual, não colocou um substituto para disputar a eleição, como outros dois prefeitos capixabas fizeram.

Em vez disso, escolheu deixar a cidade envolvida em um turbilhão de boatos e indecisões e chegou a distribuir um folheto com o selo da Justiça Eleitoral afirmando que sua candidatura estava liberada, causando mais confusão entre o eleitorado. Aproveitou-se do seu nome forte e imagem carismática, possuidora uma verdadeira camada de teflon político: nenhuma gordura de corrupção cola nele. Isso tudo para quê? Só ele deve saber…

Agora já foi definido pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral: teremos novas eleições. Mas isso não quer dizer que está tudo resolvido. Partidos já começam a se articular e mesmo antes da convocação oficial pelo TRE, já se ouve comentários sobre nove pré-candidatos à Prefeitura e três nomes são ventilados como possíveis apadrinhados de Magalhães.

Então perguntamos mais uma vez: não teria sido mais fácil e melhor para a população de Guarapari que Edson tivesse colocado outra pessoa no seu lugar? Agora já saberíamos quem tomaria posse no dia 1º de janeiro e comandaria a cidade.

Janeiro é o mês mais economicamente ativo da cidade. IPTU, renovação de contratos e convênios, chegada de turistas etc… Por um ato de inconsequência e, por que não, egoísmo, a cidade poderá viver um caos no começo de 2013. Quem vai governar? Essa pessoa terá autonomia para nomear secretários? Para assinar contratos? Esses documentos poderão ser anulados depois? Enfim, a sorte está lançada… e, mais uma vez, a população perde.

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