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Mapa da Violência de Guarapari

Por Livia Rangel

Publicado em 8 de janeiro de 2015 às 14:13

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Veja quais os crimes que mais acontecem em seu bairro, o horário mais perigoso e o mês mais violento

Lívia Rangel

Qual o horário mais perigoso? Que dia da semana acontece mais crimes? Qual o mês mais violento? Quem nunca já se fez essas perguntas? O Jornal Folha da Cidade vai responder todas essas e mais algumas perguntas, porque teve acesso exclusivo ao balanço do 10º Batalhão da Polícia Militar. E traz em primeira mão e de forma inédita, o mapa da violência de Guarapari.

Em 2014, por exemplo, até o mês de novembro, 52,5% dos homicídios aconteceram entre 18h e 24h, 25% aos sábados, 52,5% no mês de abril. Do total, 85% foram por meio de arma de fogo e 55% relacionados ao tráfico de drogas. De acordo com o levantamento, o índice de assassinatos caiu 37,14% de 2008 a 2014. Levando em consideração dados até setembro deste ano.

Adalberto Simão Nader e Portal Clube lideram o ranking de homicídios até o momento, com a mesma quantidade de mortes. Lameirão, Olaria, Praia do Morro e Santa Mônica vêm em seguida, todos com o mesmo número de óbitos. O título de campeão em apreensão de armas de fogo também ficou para Adalberto Simão Nader. Camurugi divide o pódio de primeiro lugar. A medalha de prata fica para a Praia do Morro. Já o bronze para Ipiranga e Muquiçaba.

“Os homicídios se concentram em regiões onde há maior atuação do tráfico de drogas, que é a principal motivação hoje dos assassinatos”, explica o comandante do 10º Batalhão da Polícia Militar, tenente coronel Alessandro Marin. Segundo ele, o índice de assassinatos no ano passado foi de 39 para 100 mil habitantes. “Estamos um pouco abaixo da média estadual, que é de 40 por 100 mil habitantes, mas estamos bem acima da média nacional, que é de 27”, destaca.

Índices de criminalidade caem

De acordo com o levantamento, a maioria dos crimes teve quedas nos índices ao comparar os dados de janeiro a outubro de 2013 com o mesmo período de 2014. Os furtos a pessoas em vias públicas diminuíram 15,38%. Mas se o foco são as residências, a queda foi de 3,73%. Agora se o alvo são os estabelecimentos comerciais, houve redução de 6,22%. Já os furtos de veículos caíram 29,26%.

Agora vamos aos roubos, quando há violência no ato do crime. O índice de pessoas que foram roubadas em vias públicas caiu 10,84%. Nas residências, a redução foi a mais expressiva: 53,12%. Mas se o alvo são os estabelecimentos comerciais, a queda foi de 34,79%. E se o foco se volta para os veículos, o índice se manteve: foi a mesma quantidade nos dois anos.

Em Guarapari, o principal problema da violência é o tráfico e consumo de drogas de acordo com o comandante Marin. Ele explica que a maioria dos roubos e furtos acontece para sustentar o vício ou para ter munição nas disputas dos pontos de vendas das drogas.

“A polícia sozinha não vai conseguir controlar os índices, mas um trabalho em conjunto que envolva educação seria o caminho. O uso e tráfico de drogas não são casos meramente de polícia, mas sim um problema de caráter social e de saúde. Se não investirmos em prevenção e tratamento, o futuro só tende a piorar”.

Sensação de insegurança permanece

Embora os números mostrem que a criminalidade diminuiu, a sensação de insegurança permanece na sociedade. Como é o caso de uma farmácia da cidade. Das quatro lojas, duas são alvos de bandidos. “Uma já foi assaltada quatro vezes só neste ano. Na outra foram duas. O mais intrigante é que o assaltante roubou duas vezes no mesmo dia e depois foi tentar assaltar a filial. A polícia prendeu o cara, mas no dia 15 de novembro ele voltou a assaltar”, conta o gestor comercial da farmácia.

Para ele, falta a guarda municipal em Guarapari. “Temos farmácia em Anchieta e em Itapemirim. Nesses dois municípios nunca fomos assaltados, porque lá tem guarda municipal. A polícia sozinha não dá conta”. A solução é recorrer para a segurança privada. “É um absurdo, pagamos R$ 70 a diária para cada segurança. Para o verão, vamos ter que reforçar. É uma sensação de impunidade”.

E não são só os assaltos que intimidam, os furtos também deixam rastros de medo por onde passam. Na Praia do Morro, uma moradora de um prédio conta que por quatro vezes dormiu com a bicicleta na garagem e acordou sem a magrela. “É incrível como eles descobrem, porque ela fica escondida na garagem. Enquanto não fazem mal a ninguém, menos mal. Mas o medo é constante”.

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